por Angry Harry
De vez em quando, os Ativistas por Direitos dos Homens (ADHs) podem ser vistos, aqui e acolá, empenhados na discussão sobre a questão de saber se estão sendo ou não, em geral, muito covardes e politicamente corretos para realizar alguma coisa em termos de mudança ou, se ao contrário, muito beligerantes, unilaterais e hostis.
Este é um assunto muito importante, no qual tenho pensado e discutido ao longo de vários anos.
E posso resumir minhas conclusões de forma muito simples.
Sem a beligerância, a unilateralidade e a hostilidade, os problemas dos homens irão simplesmente continuar se agravando.
E não há nenhuma evidência real por aí que sugira o contrário, até onde eu sei.
apenas os grupos agressivos vencem sempre
Se você olhar para a nossa História, nossa Psicologia e nossa Biologia, também logo descobrirá que apenas os grupos agressivos vencem sempre.
Isso não é novidade.
(E se houver, de fato, alguma mínima evidência que sugira o contrário, então ela será enterrada sob uma verdadeira montanha de evidências, a qual confirmará a conclusão oposta.)
Eu já havia discutido esse assunto em vários artigos [em inglês] listados na página intitulada Ativismo Eficaz, e neste artigo eu quero apenas me concentrar — mais uma vez — na minha crença de que discorrer sobre questões de gênero mediante o apelo a noções como “igualdade” é de pouco valor para o Movimento dos Homens (MH).
Na verdade, eu sou da opinião de que, incentivar os ADHs a acreditarem que o caminho para uma sociedade melhor, ou mais justa, terá melhores resultados por meio da abordagem de noções como “igualdade”, provavelmente será prejudicial para a sociedade; bem como para os homens.
a busca pela “igualdade” não apenas é uma tarefa inútil, como o próprio ato de procurá-la vem causando problemas monumentais
1. A primeira coisa a entender é que, na prática, a busca pela “igualdade” não apenas é uma tarefa inútil, como o próprio ato de procurá-la vem causando problemas monumentais para a sociedade e permitindo que os governos ocidentais acumulem poderes verdadeiramente gigantescos — à nossa custa; ver, por exemplo, meu artigo A Igualdade entre Homens e Mulheres não é Alcançável e meu artigo Porque os Governos Amam o Feminismo.
Muitos ADHs parecem compreender isso.
No entanto, às vezes eles se esgueiram em torno da palavra “igualdade” e usam algumas referências indiretas a ela em seu lugar.
Por exemplo, em vez de dizer que estão almejando a “igualdade”, é possível que eles digam que estejam almejando uma sociedade na qual as pessoas tenham “oportunidades iguais”, ou onde a ninguém sejam concedidos “Privilégios Especiais” — ou algo do gênero.
Mas essas elevadas noções são tão inatingíveis, e os conceitos associados tão vagos, como quando se trata da “igualdade”.
Assim, por exemplo, se você não acha que os homens ou as mulheres devam ter Privilégios Especiais em relação uns aos outros, então você está procurando “igualdade de tratamento”; a qual, como já expliquei em outro lugar, nunca pode ser encontrada; ver, por exemplo, [o artigo em inglês] Uma Permanente Guerra entre os Sexos?
2. E como você mediria a “igualdade” para saber quando você realmente a encontrou? Afinal de contas, as coisas parecem “iguais” só porque a um dos grupos foram dados Privilégios Especiais a fim de *TORNÁ-LO* “igual” com outro grupo?
Nesse caso, isso é realmente “igualdade”?
Não. Não é.
E como é que vamos medir a “igualdade” em termos gerais?
Pelos resultados? Assim como as feministas costumam fazer?
Sim? Não?
Os homens morrem cinco anos antes que as mulheres [N. do T.: No Brasil, são, em média, oito anos antes]. O RESULTADO não é “igual”. E os ADHs se queixam desse “resultado” ruim o tempo todo. Enquanto, ao mesmo tempo, sempre criticam severamente as feministas por estas medirem a igualdade por meio de “resultados”!
Hahaha!
não passa tudo isso de um jogo?
E então, não passa tudo isso de um jogo?
Bem, sim. Eu receio que seja. Mas isso é muito bem escondido pelos feministas e governos, os quais propositalmente ocultam o que isso é de fato, ou seja, um desejo de enriquecer e ampliar os próprios poderes, usando de fumaça e espelhos tão facilmente evocados por continuamente fazer referências a noções elevadas, inatingíveis e indefiníveis como a “igualdade”.
É como eles sempre dizem: “Dá-nos mais e mais poder e dinheiro, que nós, algum dia, encontraremos aquelas belas fadas que habitam o jardim.”
É claro que eles nunca vão encontrar fada nenhuma; mas eles vão ganhar um grande negócio para si, fazendo de conta que olham para elas e fingindo que é absolutamente necessário encontrá-las.
3. Assim, enquanto muitos ADHs afirmam estar à procura de algo como a “igualdade” e/ou o fim de Privilégios Especiais, a realidade é que eles estão admitindo a procura de algo que nunca poderão encontrar.
De fato, se você não pode realmente obter uma medida válida de igualdade — a qual não é possível — então não se pode validamente estabelecer se estão sendo concedidos ou não Privilégios Especiais a um lado — e que a situação está se agravando de forma ilimitada, se os lados já não eram verdadeiramente “iguais” no início.
E se eles não são iguais desde o início, então, como é possível torná-los “iguais” sem distribuir Privilégios Especiais?
quando se distribui Privilégios Especiais com o objetivo de “igualar” ambos os lados, então não se pode tratar ambos os lados igualmente.
E quando se distribui Privilégios Especiais com o objetivo de “igualar” ambos os lados, então não se pode tratar ambos os lados igualmente.
Estar-se-ia ajudando mais um lado do que o outro!
É claro que, para sair dessa armadilha, os ADHs podem deliberar que homens e mulheres eram “iguais” no início (que é o que as feministas fizeram quando lhes convinha) e, em seguida, atribuir as diferenças de “resultados” existentes a algum tipo de discriminação.
No entanto, há dois problemas principais com este raciocínio:
A. Se os ADHs deliberarem que não há diferenças entre homens e mulheres, então eles bem que podiam deliberar também que a Terra é plana — assim eles deixariam patente seu erro. E eles não teriam credibilidade — tal como as feministas.
De fato, e por exemplo, homens são mais altos do que mulheres. Esta é uma diferença inegável. E, de fato, é uma diferença que, por si só, pode ter numerosas conseqüências ao longo de um incontável número de circunstâncias da vida as quais são relevantes para as diferenças entre ambos os sexos.
(E, curiosamente, um estudo publicado hoje [em inglês] mostra que mulheres mais altas ganham mais dinheiro do que mulheres mais baixas.)
Para os ADHs, alegar que não havia diferenças entre homens e mulheres no início, seria, portanto, algo ridículo — fato esse que é, obviamente, o motivo pelo qual eles não costumam fazer esta afirmação.
Mas logo que eles admitem de forma significativa as diferenças inerentes entre homens e mulheres, segue-se que eles não podem esperar definir questões de “igualdade” de alguma maneira deveras válida.
Em suma, se você afirma que homens e mulheres não são iguais desde o início, então haverá necessidade de distribuir “desigualdade” de um lado para o outro, a fim de alcançar a suposta igualdade que se está buscando.
E isso não seria “igualdade”.
Por outro lado, se você alega que homens e mulheres são, de fato, iguais desde o início, então sua cabeça precisa ser examinada, porque, muito claramente, eles não são.
Neste ponto, muitas vezes ouve-se a alegação de que a igualdade apenas significa “valor” igual. Homens e mulheres “valem” a mesma coisa.
“Eles são diferentes”, você vai ouvir. “Mas eles têm o mesmo ‘valor’.”
E se houver uma platéia por perto, você necessariamente também ouvirá o estrondo de aplausos que acompanham tais afirmações inspiradoras.
o conceito de “valor” se torna algo intangível, imensurável e decididamente inútil.
Infelizmente, no entanto, isso não nos leva verdadeiramente muito além da noção de “igualdade”. É até um passo na direção certa — já que pode ajudar a reduzir, para o bem-estar dos diferentes sexos, importantes desequilíbrios existentes — mas quando se trata da maioria das questões com as quais os ADHs estão preocupados nos dias de hoje, o conceito de “valor” torna-se algo intangível, imensurável e decididamente inútil.
Na verdade, basta olhar para os horrores infligidos pelo feminismo — e eles realmente são muitos; por exemplo, ver [em inglês] Os Benefícios do Feminismo — para ver que todos os estudos e a retórica sobre “igualdade” e “valor” (e todas as centenas de bilhões de dólares que foram desperdiçados como consequência), não fizeram bem nenhum aos homens.
Os ADHs querem realmente mais do mesmo?
Será que eles realmente querem ouvir mais sobre “igualdade” e “valor”?
Termos que, na prática, não têm qualquer significado? — e que geralmente resultam para os homens um tratamento ainda pior do que o que eles tinham antes?
Então, o que fazer, hein?
Bem, eu já escrevi sobre isso algumas vezes, portanto não vou tentar responder à pergunta acima mencionada aqui — exceto para dizer isto:
Se os ADHs querem ver mudança, então eles precisam gerar calor.
Como e onde?
Bem, eu não tenho certeza de que isso realmente importa — dentro de certos limites — porque eu suspeito do que a maioria das formas de calor iria fazer.
Haha!
B. Se partirmos do pressuposto de que homens e mulheres eram iguais no início, então todas as diferenças de “resultados” provavelmente serão usadas como o principal método para medir a quantidade de “desigualdade” no sistema.
O problema aqui, no entanto, é que quaisquer diferenças que levam a resultados diferentes para aqueles que supostamente começaram “iguais” são, elas mesmas, resultados diferentes — os resultados dos eventos anteriores.
A conclusão é que esta perspectiva inevitavelmente nos obriga a voltar para o início dos tempos, a fim de determinar onde ocorreram os eventuais preconceitos no sistema.
E não é isso o que temos visto acontecer várias vezes?
“Homens são violentos em casa porque a recente história do ‘patriarcado’ ensinou-lhes que eles devem ser os chefes de suas famílias.”
“Homens são mais propensos a se destacar na ciência porque a eles são dados diferentes tipos de brinquedo quando eles são crianças.”
“Homens são mais promíscuos do que as mulheres porque seu DNA os predispõe a ‘deixar suas sementes’ sempre que possível.”
Alegações interessantes, com certeza. E eu não estou sugerindo que a compreensão desses aspectos seja perda de tempo.
Mas para onde, exatamente, isso vai nos levar quando se trata de lidar diretamente com questões de gênero no mundo em que vivemos hoje?
Na verdade, o fato de que todas as diferenças de resultado podem, em princípio, serem sempre remontadas a algumas outras diferenças, apenas agrava o que já é uma experiência bastante horrível — o feminismo e suas diversas conseqüências.
E quanto mais os fatores que levam a desigualdades (as quais supostamente causam resultados diferentes) forem estudados, investigados, debatidos e politizados, maior será a quantidade de recursos e de energia direcionados a coagir as pessoas a seguirem vários ditames e leis que são, supostamente, projetados para combater essas diferenças.
E, sem dúvida, tudo isso será acompanhado por graus crescentes de hostilidade entre os grupos estudados — com muita dessa hostilidade sendo cinicamente fabricada simplesmente para gerar financiamentos.
seria um erro enorme dos ADHs concluir que homens e mulheres eram “iguais” no início
4. Assim, como indicado anteriormente, existem, pelo menos, duas boas razões para crer que seria um erro enorme dos ADHs concluir que homens e mulheres eram “iguais” no início, e ainda maior, de certo modo, crer que estas noções bastante indefinidas e intangíveis como “igualdade” e “privilégios especiais” possam ser corrigidas e classificadas para a satisfação de todos os envolvidos.
Pura e simplesmente, isso não vai acontecer.
Nunca.
E o pior de tudo, no mundo real, quando se trata de questões sociais, os direitos que são concedidos às pessoas, seus privilégios, as suas funções, suas recompensas etc. etc., dependem mais da quantidade de calor que elas podem gerar em favor de si mesmas do que qualquer outra coisa.
Em suma, portanto, o próprio ato de gastarmos enormes recursos na tentativa de alcançar a “igualdade”, ou na luta contra as feministas, com nossas próprias estruturas ideológicas e instituições, simplesmente para que possamos gerar a mesma quantidade de calor, certamente irá apenas adicionar bilhões de dólares aos bilhões que já estão sendo desperdiçados todos os anos em busca da agenda feminista.
Bilhões que poderiam ser destinados à ciência, à tecnologia e à medicina, para fornecer ajuda àqueles que verdadeiramente precisam.
E me preocupa bastante o fato de que muitos ADHs parecem estar empurrando-nos em uma direção que simplesmente irá colaborar com que essas indústrias continuem se expandindo, já criadas para lidar com questões de gênero, e agravar ainda mais a situação.
E isso tudo para que?
Para procurar algo que nunca poderá verdadeiramente ser encontrado!
Isso não é loucura?
Talvez, por isso, a melhor maneira de olhar para os problemas que os homens enfrentam não é pensando em termos de “igualdade”, mas em termos do que, exatamente, os homens querem — independentemente do que as mulheres estejam recebendo.
Por exemplo, há um zilhão de abrigos de violência doméstica para as mulheres, mas quase nenhum para os homens.
“Precisamos de abrigos e vamos conquistá-los.”
Mas, em vez de abordarmos toda esta situação caluniosa do ponto de vista da “injustiça” — “As mulheres têm mais abrigos de violência doméstica do que os homens” — uma abordagem melhor seria: “Precisamos de mais abrigos de violência doméstica e vamos conquistá-los.”
Em outras palavras, não há grande necessidade de se abordar a questão da “igualdade”.
Agora, por favor, note que eu não estou sugerindo que os ADHs nunca devam esfregar a noção de “igualdade” no rosto daqueles que precisam ser esclarecidos.
Pelo contrário, todas as grandes diferenças observáveis no bem-estar e/ou no tratamento de homens e mulheres podem ser muito adequadamente abordadas, aos olhos de muitos, por meio da referência a noções de igualdade.
Por exemplo, com base na “igualdade”, é evidente que não pode estar certo o fato de muito mais dinheiro ser vertido para a saúde das mulheres do que para a saúde dos homens, uma vez que os homens têm pior saúde do que as mulheres.
Apelar para a noção de “igualdade” sobre esta questão — neste momento — certamente irá ajudar a aumentar o apoio para a visão de que as questões de saúde dos homens devem ser mais bem financiadas.
Mas, em longo prazo, se continuarem insistindo em apenas mostrar mais e mais diferenças — tendo a ver com saúde ou não — perseguir o sonho da “igualdade” não apenas se tornará sem sentido e impossível, como irá simplesmente dar origem a uma hostilidade muito maior entre os sexos, além das centenas de bilhões de dólares em recursos que serão desperdiçados todos os anos; ver [em inglês], por exemplo, Uma Permanente Guerra entre os Sexos?
O resultado disso tudo é que a situação ficará pior para todos.
Apenas como um exemplo, você pode imaginar o quão melhor seria a vida de tantos milhões de pessoas, tanto agora quanto no futuro, se os bilhões gastos todos os anos na persecução, bastante infrutífera, desta intangível “igualdade”, em vez disso, fossem gastos com pesquisas médicas?
5. Cavalheirismo.
Tanto se tem dito pelos ADHs sobre a questão do cavalheirismo ter sido, em grande parte, responsável pelos enormes preconceitos os quais os homens tiveram de suportar em quase todos os aspectos de suas vidas, que não falarei mais nada sobre isso aqui.
Exceto isto:
Quando os ADHs discutem as preocupações dos homens através da lente da “igualdade”, eles estão, na verdade, muitas vezes piorando as coisas para si mesmos, despertando as naturezas cavalheirescas dos homens.
ADH: “Homens são obrigados ao serviço militar na América, mas as mulheres, não. Isso não é justo.”
Homem Cavalheiresco: “Bem, mas os homens não deveriam proteger as mulheres?”
ADH: “Não há, praticamente, nenhum abrigo de violência doméstica para atender os homens, mas há centenas para as mulheres.”
Homem Cavalheiresco: “Mas pouquíssimos homens (de verdade) são incapazes de se defender contra as mulheres.”
Os homens, em sua maior parte, na verdade, não esperam (ou querem) ser “iguais” às mulheres;
Colocando isso de outra forma; os homens, em sua maior parte, na verdade, não esperam (ou querem) ser “iguais” às mulheres; especialmente quando se trata de questões onde eles acreditam ser inerentemente superiores (por exemplo, quando se trata de força e resistência). Como tal, é muito difícil convencê-los do contrário.
Então, por que despertar suas naturezas cavalheirescas falando sobre “igualdade”?
Não é uma boa tática!
Ou, se preferir, os homens parecem ser obstinadamente cavalheirescos, e é pouco provável que os ADHs consigam persuadi-los a não serem dessa forma.
Então, por que razão, mesmo, tentar convencê-los a não serem cavalheirescos?
Por que embarcar em uma batalha que é improvável de se vencer?
6. Infelizmente, no entanto, as forças mais poderosas da Terra, atualmente, provêm do governo e dos agentes públicos. E tanto o governo quanto os agentes públicos lucram enormemente — da ordem de centenas de bilhões de dólares em todo o mundo ocidental — fingindo perseguir a “igualdade”; ver, por exemplo, meu artigo [em inglês] Porque os Governos Amam o Feminismo.
Na verdade, eles estão usando a mesma tática que eles usam quando falam sobre a guerra contra o terror.
Parece ótimo. Afinal, quem quer viver sob o medo do terrorismo?
O problema é que a guerra contra o terror nunca precisará acabar porque nunca poderá haver uma vitória decisiva. E ela também pode ser usada no futuro para justificar a invasão de todos os aspectos da existência humana por parte dos governos para todo o sempre; e, de fato, por parte dos agentes públicos, os quais estão sempre procurando justificar financiamentos mais elevados.
A busca (impossível e fraudulenta) pela “igualdade” está fazendo o mesmo.
Está permitindo que os governos intervenham em praticamente qualquer lugar. E isso permitirá que os governos façam isso para sempre porque eles nunca vão encontrar verdadeiramente a “igualdade”.
as mulheres exigirão melhores genes relativos as suas aptidões matemáticas
De fato, talvez daqui a dez anos, as mulheres exigirão melhores genes relativos as suas aptidões matemáticas, a fim de se nivelar com os homens. Talvez elas vão querer pulmões e músculos mais eficientes, menos hormônios, cérebros maiores.
Talvez as feministas também vão começar a reclamar sobre o fato de que os homens consomem mais calorias do que as mulheres e que, portanto, as mulheres deveriam ser compensadas por mais este injusto e desigual estado de coisas.
Onde tudo isso iria parar?
É claro, tudo isso irá soar como algo incrivelmente improvável para muitos de vocês, mas posso garantir-vos que este tipo de coisa vai acontecer se continuarmos a perseguir a “igualdade”.
Por quê?
Porque haverá bilhões de dólares em jogo e enormes impérios governamentais dependentes da eterna perseguição à “igualdade”. E o poder que emana de tais forças sempre será usado para atiçar o desejo das mulheres de serem mais, e mais e mais “iguais” aos homens.
Imagine, por exemplo, que amanhã os cientistas descobrissem que podem modificar um gene humano que aumenta, por uma pequena percentagem, a capacidade de o indivíduo compreender Matemática.
Quanto tempo levaria para que as feministas argumentassem que as mulheres deveriam ter o direito de ter esse gene modificado, mas que os homens, não? — Com base na “igualdade”.
E, em pouco tempo, haveria centros de modificação de genes para as mulheres, mas não para os homens; como é o caso de abrigos de violência doméstica.
Este é o tipo de coisa que vai acontecer, na prática, se a “igualdade” continuar a ser o seu verdadeiro objetivo.
É verdade que, muitas vezes ouve-se dizer que, mesmo quando um “nobre” objetivo nunca pode ser alcançado na prática, o próprio ato de recorrer a ele geralmente resulta em um progresso de natureza vantajosa.
E muitas pessoas acreditam ser este o caso quando se trata da busca da “igualdade”.
“Talvez nunca cheguemos lá, mas se apenas pudermos chegar cada vez mais e mais perto, então as coisas vão melhorar.”
Mas, como indicado anteriormente, a busca da “igualdade” não é, na prática, um objetivo particularmente “nobre”.
E, no final, a única maneira de se chegar a “igualdade” é que as pessoas sejam “idênticas”.
Toda a planta na selva deve ser da mesma espécie de planta. Nenhuma planta pode ser mais alta do que qualquer outra planta.
Toda a planta na selva deve ser da mesma espécie de planta. Nenhuma planta pode ser mais alta do que qualquer outra planta. Cada planta deve ter exatamente a mesma quantidade de luz solar e espaço vital. Nenhuma planta pode se alimentar de mais substâncias do que outras plantas. Nenhuma planta deve ser permitida ser diferente das outras plantas.
E, no fim disso tudo, não teríamos uma selva. Teríamos a uniformidade e, de fato, a morte.
E o mesmo acontecerá conosco, se não tivermos cuidado.
Não seríamos mais, verdadeiramente, seres humanos. Seríamos apenas engrenagens similares dentro de algum tipo enorme de máquina biológica. Um pouco como as formigas.
Em resumo, portanto, parece-me que, mesmo que a “igualdade” fosse possível (o que não é) e mensurável (o que não é), ela ainda não seria algo que valesse a pena procurar.
Agora, eu sei que alguns de vocês ainda vão ter dúvidas sobre os argumentos acima.
Então, deixe-me falar sobre um exemplo extremo de “desigualdade” — o fato de que milhões de pessoas em todo o mundo sofrem por falta de comida.
Agora, alguém pode dizer que muito mais pode ser feito a respeito se apelarmos para noções de “igualdade”.
“Pessoas em algumas partes do mundo têm um farto suprimento de alimentos, enquanto outras pessoas não têm quase nenhuma comida. Isto é uma desigualdade imensa e devemos ter como objetivo muito mais igualdade.”
Aplausos. Aplausos.
Isso soa como uma boa manobra política, não é mesmo? — Salientar que esta crassa desigualdade de oferta de comida é tão flagrantemente injusta que algo deve ser feito absolutamente para tornar as coisas mais iguais.
Sim, realmente é uma boa manobra política.
Mas, na verdade, nós podemos resolver este problema particular da “igualdade” certificando-se de que todo mundo sofra de fome!
E isso certamente demonstraria que a “igualdade” não é — em si — uma meta particularmente interessante.
Assim, usando-se de outro exemplo, podemos claramente nos aproximar da “igualdade”, impedindo os outros de se sobressaírem, discriminando-os — que é o que parece estar acontecendo nas áreas da educação e do emprego, a fim de melhorar os rendimentos das mulheres.
Os homens e os meninos são propositalmente postos em desvantagem.
Ou talvez, nós possamos fazer com que os homens vivam tanto quanto as mulheres, gastando mais um trilhão de dólares por ano nas necessidades de saúde deles, ou, talvez, recusando-nos a gastar qualquer centavo na saúde das mulheres, para que elas morram mais cedo.
Bem, se a “igualdade” é real e verdadeiramente o nosso objetivo — o nosso padrão ouro — então, por que não?
Assim, se pudéssemos fazer com que as mulheres morressem mais cedo e, assim, não vivessem mais do que os homens, então, no que diz respeito à busca pela “igualdade”, a missão estaria cumprida!
“Viva! Viva! As mulheres estão morrendo mais cedo. Temos agora a igualdade!”
“Viva! Viva! As mulheres estão morrendo mais cedo. Temos agora a igualdade!”
Mas os ADHs que professam aspirar por igualdade não almejam realmente que as mulheres morram mais cedo, almejam?
Bem, por que não? — Se a igualdade realmente é o objetivo deles...
Em outras palavras, embora eles possam proclamar que a sua principal missão seja a “igualdade”, a realidade é que, de fato, sua verdadeira missão é apenas proporcionar melhores condições para os homens.
Mas, assim como as feministas, eles ocultam este motivo subjacente disfarçando com palavras mais bem-sonantes.
7. Muitos dos problemas que os ADHs tendem a abordar, na verdade, não decorrem de questões que são facilmente relacionadas com noções de igualdade. Por exemplo, os problemas decorrentes de questões como violência sexual, guarda dos filhos, pensão alimentícia para os filhos e pensão para a mulher não costumam levar a uma reflexão sobre o estado da igualdade entre os sexos.
Assim, a análise sobre se um homem deve pagar 100 ou 1.000 dólares por mês de pensão alimentícia, tem muito pouco a ver com a “igualdade” entre os gêneros.
Da mesma forma, a punição adequada para um abuso sexual não pode — e, normalmente, não é — avaliada através da referência a noções de igualdade de gênero.
Em outras palavras, para muitas questões de interesse dos ADHs, a noção de igualdade na verdade não tem muita relevância.
8. Concluindo, portanto, há muitas razões pelas quais os ADHs devem abandonar a busca pela “igualdade”.
A igualdade não pode ser encontrada. Não pode ser medida. Não pode ser alcançada.
E julgar questões de gênero em função dela promove cavalheirismo, bem como hostilidade. E isso permite que os governos continuem, indefinidamente, acumulando enormes poderes e recursos com base em falsos motivos de que um estado de igualdade precisa ser encontrado e mantido.
Além disso, para muitas questões de interesse dos ADHs, a noção de igualdade simplesmente não é relevante.
9. A minha opinião é que os ADHs devem simplesmente procurar, aberta ou veladamente, direta ou indiretamente, destronar, reduzir poderes de, e/ou desestimular, todos os indivíduos, grupos e organizações que os ADHs julgam poder causar aos homens desvantagens significativas, enquanto visam promover, elevar e ampliar poderes de todos os indivíduos, grupos e organizações que eles julgam proporcionar melhores condições aos homens.
Muito simples.
É claro que alguns ADHs podem pensar que a prossecução de tal curso seja apenas uma maneira dissimulada de promover algum tipo de masculinismo egocêntrico. E talvez seja. Não tenho certeza.
Mas eu não acho que isso iria se materializar.
Principalmente, por estas razões:
A. A internet acaba por nivelar em um patamar mais moderado todas as idéias mais extremas que tem alguma relevância.
A minha inclusa.
B. As mulheres são extremamente poderosas.
Na verdade, elas provavelmente não precisam de quaisquer organizações de grande porte para cuidar de seus interesses particulares — como “mulheres”.
C. Aqueles que atualmente estão no topo das diversas hierarquias de poder que nos comandam, são, em sua maioria, egoístas, gananciosos, maliciosos e parasitários, mas eles estão sendo expostos — em todo o lugar.
E podemos esperar ver os indivíduos e as organizações que têm sido tão hostis para com os homens nestes últimos anos, sendo processados e/ou derrubados. (E eu espero que muitos internautas ADHs façam o seu melhor para ajudar com este processo.)
Esses malfeitores serão substituídos por indivíduos e organizações que são muito mais razoáveis e justos. Estes vão olhar para homens e mulheres como “pessoas” — e irão tratá-las de forma justa.
E assim, com toda a franqueza, a meu ver, os ADHs não devem se preocupar muito com o futuro do bem-estar das mulheres, porque eu estou absolutamente confiante de que elas ficarão muito bem.
Aliás, quando foi que elas não ficaram, em relação aos homens, hein?
Os homens sempre cuidaram dos interesses de suas mulheres — em grande parte, suponho, porque suas mulheres disseram-lhes o que fazer!
a grande maioria das mulheres… estaria, na verdade, em situação muito melhor — aqui, neste momento — se pudéssemos obliterar todos os diversos grupos de mulheres dominados por feministas
Realmente, eu acredito — assim como muitos ADHs — que a grande maioria das mulheres (nem todas) estaria, na verdade, em situação muito melhor — aqui, neste momento — se pudéssemos obliterar todos os diversos grupos de mulheres dominados por feministas, seus direitos e privilégios especiais decretados pelo governo, seus cursos sobre Estudos das Mulheres, todas as leis antimasculinas e, é claro, todos os incitadores de ódio que se autodenominam feministas.
E, desnecessário será dizer, a maioria dos homens também estaria em situação muito melhor.
Em suma, portanto, tudo parece muito simples para mim quando se trata de pensar sobre o que eu preciso fazer como um ADH:
Minar todos os inimigos dos homens — alguns dos quais foram identificados mais acima — e zelar para que a internet continue livre e aberta — e tudo correrá bem!
Hehehe!
Você acha que eu estou brincando, não é?
Mas, não. Não estou.
Eu realmente acredito que isso é tudo o que os ADHs precisam fazer para “vencer”.
Se a internet permanecer livre e aberta — algo que os ADHs devem lutar por isso — sinto-me confiante de que a voz da razão e da justiça irão se espalhar. E eu não tenho a menor dúvida de que as mulheres serão capazes de escutar essa voz — com grande efeito — e poderão cuidar de si próprias. E eu realmente acredito que esses poderosos grupos e indivíduos mal-intencionados que continuam impondo a nós essa ideologia de ódio que é o feminismo, podem ser substituídos — forçosamente, se necessário — por grupos e indivíduos poderosos que não fazem o mesmo.
Minar o inimigo e se certificar que a internet permaneça em boas condições.
Concluindo, portanto, a tarefa primordial à nossa frente parece bastante simples para mim: Minar o inimigo e se certificar que a internet permaneça em boas condições.
O resto virá depois.
10. Por último, os ADHs podem fazer muitas coisas para promover a causa — para a obtenção de melhores condições para os homens.
Eles podem até mesmo falar de igualdade, se isso ajudar a chamar a atenção para alguma questão.
Eles podem discutir sobre as habituais questões de gênero, falar sobre sexo, namoro, casamento, religião etc., etc.
Eles podem até mesmo fundar um site sobre jardinagem — com um ou dois links para um site MH.
Há inúmeras maneiras pelas quais os ADHs podem atrair a atenção das pessoas e influenciá-las para promover a causa.
Mas, finalizando, tudo o que realmente importa, a meu ver, é que eles identifiquem e minem o inimigo — direta ou indiretamente, aberta ou veladamente — e o resto virá depois.
E, claro, parece-me bastante evidente que o progresso aqui acontecerá muito mais rápido e muito mais eficiente se mais ADHs valorizarem mais a força do que a diplomacia, e se eles se comportarem de uma forma mais parecida com a de um advogado de acusação, e menos com a de um acadêmico introvertido.
Porque é assim que as coisas funcionam.
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HARRY, Angry. Andando em Círculos [Going Round in Circles] [em linha]. Tradução de A. Hauer. [S.l.]: ANGRY HARRY, 2011. Disponível em: <http://www.angryharry.com/esGoingRoundInCircles.htm?EA>. Acesso em: 05 abr. 2015. Primeira tradução para a língua portuguesa por Barão Kageyama em <http://canal.bufalo.info/2011/12/andando-em-circulos-parte-1/>. Acesso em: 05 abr. 2015.
1 comentários:
Discordo só do cavalheirismo. O feminismo existe pq tá repleto de cavalheirinho por ai que não deixa mulher e idosas sentirem o peso dos direitos iguais. Tem que ajudar mulher não.
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