Por Fidelbogen
Como não-feministas, podemos concordar que o feminismo não é o melhor negócio. É é por isso que não somos feministas. E assim o que quer que cada um de nós individualmente entenda sobre o que seja o feminismo, pelo menos podemos concordar que a palavra feminismo em si não pode significar nada de bom. Podemos concordar que a palavra está contaminada, e que devemos marcá-la com um estigma social. E podemos concordar que não ser um feminista é uma coisa de conseqüência decisiva, e que todo aquele que repudia o feminismo deve fazê-lo com resolução de diamante. Não é leviano dizer que você não é um feminista. É uma decisão importante, e não uma moda passageira que você vai descartar amanhã como uma esperança ilusória, só para arrebatá-la de volta dois dias depois, para assim você poder descartá-la de novo.
Então, novamente, temos que concordar que a palavra feminismo significa algo não-bom. E tendo feito isso, podemos também concordar que o feminismo em si deve ser alvo de intervenções corretivas. Mas, para que isso aconteça, temos de concordar sobre um alvo — o que traz de volta o problema de nós não concordarmos sobre uma definição. Portanto, parece que devemos, finalmente, de algum modo, concordar sobre uma definição de feminismo. E tendo feito isso, podemos finalmente chegar a um alvo consensual, de forma a saber exatamente onde devemos dirigir nossas operações.
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Fidelbogen. To Be Not-Feminist, is a Serious Decision. Tradução de Charlton Heslich Hauer. [s.1.]: CounterSnippets, 2013. Disponível em: <http://countersnippets.blogspot.com/2013/01/to-be-not-feminist-is-serious-decision.html> Acesso em 25 set. 2013.