Por Charlton Heslich Hauer
Sabe aquela pessoa política candidata a um cargo do Executivo, que, nas pesquisas de intenção de voto, está disparada a frente dos demais candidatos, mas que não tem competência suficiente de discutir os temas mais importantes de sua região e de assumir um cargo de tamanha importância, e que por tudo isso, recusa-se a ir a debates com medo de perder aceitação popular que “conquistou” e de ser desmascarada em público, e assim, acabar perdendo as eleições? Pois bem, eu conheço um senhor que não é candidato a nenhum cargo do Executivo (ao menos, até onde eu saiba), MAS QUE POSSUI PERFIL E COMPORTAMENTO ANÁLOGOS. Esse senhor se chama Julio Jacobo Waiselfisz.
Mas quem é Julio Jacobo Waiselfisz?
O Sr. Jacobo Waiselfisz é um argentino, “estudioso” sobre o tema da Violência, coordenador da Área de Estudos sobre Violência da FLACSO — Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais e coordenador do site Mapa da Violência, que traz diversas estatísticas sobre a violência no Brasil.
E por que estamos falando dele?
Pois bem. Perto do fim do ano de 2012, vi a grande mídia divulgar dados sobre a violência no Brasil. Todas as TVs abertas, curiosamente, davam como fonte o site Mapa da Violência que traz as pesquisas do Sr. Julio Jacobo sobre o tema. Ora, por que não procuraram as estatísticas dos Sistemas Oficiais de Informações sobre Mortalidade (SIM/Datasus/MS)? Estranho, não? As estatísticas divulgadas na mídia vieram única e exclusivamente do site Mapa da Violência. Então, fui dar uma olhada nesse site para ver o que havia de tão “maravilhoso” que diferenciasse dos estudos e estatísticas dos órgãos oficiais ligados ao Governo. Vejamos o que encontrei na sua home page:
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Constatamos na página inicial do site Mapa da Violência que não há nenhuma menção feita à Violência contra os Homens no Brasil, mesmo sabendo que os Homens são (e sempre foram) os MAIS VULNERÁVEIS e os maiores VITIMADOS por homicídios (e por todo tipo de violência) como nos mostra a seguir o último estudo sobre Taxa de Mortalidade Específica por Causas Externas/ Óbitos por Homicídios realizado em 2010 pelos Sistemas de Informações sobre Mortalidade (SIM/Datasus/MS):
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Como vimos acima, em 2010 houve um total de 52.970 homicídos no Brasil. Desse total de homicídios, 48.493 dos VITIMADOS foram HOMENS!, ou seja, cerca de 91,5% do total de indivíduos assassinados foram do sexo masculino. O que podemos concluir que há quase 10 vezes mais homens sendo assassinados que mulheres. E como os Homens são, verdadeiramente, os MAIS VULNERÁVEIS e OS MAIORES VITIMADOS pela violência, esperava-se que esse fosse o grupo que devesse receber maior atenção por parte dos Governos e por qualquer estudo sobre violência, mas o que nós vemos em nossa sociedade ginocêntrica e misândrica é exatamente o contrário. A maior preocupação de nossa sociedade é conceder, cada vez mais, privilégios ilegítimos, provisão e proteção APENAS às mulheres. Com o misândrico Sr. Julio não é diferente. Vimos que no seu site há dois estudos com estatísticas sobre “Homicídios de Mulheres no Brasil”, sendo que um deles com uma “Atualização” desses homicídios. Traduzindo: Agora eu sei porque as pesquisas do Sr. Julio estão sendo disseminadas com sucesso. O SEGREDO É DISCRIMINAR E DESDENHAR A VIDA DOS HOMENS para que seus estudos tenham apelo midiático e apoio financeiro dos diversos fatores reais de poder da sociedade. Mas está mais do que claro que a forma com que o Sr. Jacobo conduz suas pesquisas e as expõe são completamente tendenciosas, MISÂNDRICAS e GINOCÊNTRICAS, reveladoras de um SUPREMACISMO FEMININO.
Então, decidi perguntar ao Sr. Jacobo o porquê dessa discriminação contra os homens. Mandei um e-mail para ele, e outro para sua “assistente de palco” (Cristiane Ribeiro), fazendo uma série de perguntas, dentre elas, por que as estatísticas da violência contra os homens não estão evidenciadas no site. Nem ele nem ela me responderam. Uma semana depois, repeti o feito. Foi então que o Sr. Jacobo respondeu, dizendo:
Boa Noite..Favor ler Mapa da Violência 2012: Os Novos Padrões da Violência Homicida no Brasil, que vc. pode baixar no site www.mapadaviolencia.org.br item 2.4.2: Homicídios e Gênero, pg. 66
abs
Então fui até a página para baixar o documento. Detalhe: Recentemente, o Julio Jacobo fez uma pequena mudança na home page. Anteriormente, o estudo acima que ele recomendou estava completamente escondido no fim da página, em um link de tamanho quase que microscópico. Como se tivesse colocado apenas por obrigação, e que, no fundo, não quisesse que ninguém soubesse que os homens são os mais vulneráveis à violência. Agora, o link está mais visível e teve uma pequena mudança. Agora está denominado: “2012 ׀ Novos Padrões de Homicídios no Brasil” (como vimos anteriormente nas imagens).
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Baixei e li o artigo que ele me recomendou, e eu considerei esse artigo, no mínimo, lamentável. ALÉM DO JULIO JACOBO, INIMIGO E PROPAGADOR DA AVERSÃO E DESDÉM AOS HOMENS, NÃO TER CONFERIDO NENHUM LINK ESPECIAL PARA O GRUPO MAIS VULNERÁVEL DE TODOS, ou seja, para OS HOMENS, ele menciona os homens em apenas oito linhas. APENAS OITO LINHAS, como podemos ver na imagem abaixo:
É revoltante. Como podemos ver acima, além de mencionar os homens em APENAS oito linhas (dentre TODOS os seus estudos), ele de forma IMEDIATA, esquece-se desses homens “seres inferiores” (inferiores para ele, Julio Jacobo), e não demora a clamar atenção às mulheres vítimas de homicídio, mesmo sabendo que elas têm 10 vezes MENOS chance de serem assassinadas. Ou seja, se Hitler achava que a vida dos alemães era mais importante que a dos judeus, o Julio Jacobo tem certeza que a vida das mulheres é mais importante que qualquer ser do sexo masculino.
O Sr. Jacobo costuma usar uma tática muito tendenciosa, discriminatória, misândrica e cruel em seus estudos: NUNCA RETRATAR OS HOMENS COMO VÍTIMAS! Então, quando as mulheres estão na condição de vítimas, ele faz questão de ressaltar que é o grupo das mulheres que está sendo vítima. Mas quando são os homens que são as vítimas, ele nunca evidencia isso, nunca retrata o grupo dos homens como vítima, e coloca sugrupos no lugar dos homens, como: jovens, negros, etc. A intenção é fugir do foco principal. Fazer com que nenhum dos homens se identifique como vítima. Com que nenhuma das instituições da sociedade dê atenção aos problemas dos homens, mesmo que esses problemas envolvam o direito humano natural mais fundamental: o direito à vida.
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